segunda-feira, 14 de setembro de 2015

LOBOS EM PELE DE CORDEIROS

Conheço um casal de (autodenominados) pastores, daquele tipo que não resiste ver uma garagem desocupada sem que não passe por sua cabeça a ideia de alugar o espaço, encher de cadeiras e abrir uma igreja, para arrancar o suado dinheiro dos incautos que, por acaso, sejam atraídos por promessas de curas.

Eles costumam reunir uma dúzia de outros crentes e organizar campanhas de arrecadação de dinheiro com o fim de comprar alimentos e distribuir entre moradores de rua e usuários de drogas, na região da cidade de São Paulo conhecida como Cracolândia.  Talvez eles pensem que, com este gesto, estejam passando à sociedade a imagem de um casal exemplar, que se preocupa com o próximo e, por tabela, ganhem pontos junto ao deus no qual acreditam. Como se aquele deus, que, segundo o livro de inspiração atribuída ele, costumava exigir dos seus fiéis ofertas de materiais preciosos e sacrifícios de derramamento de sangue, fosse se satisfazer com uma mísera distribuição de pãezinhos, recheados com uma finíssima fatia da mortadela, da mais barata encontrada no açougue, e um pequeno copo descartável com refresco de envelope, cujo conteúdo, indicado para produzir apenas um litro, fora diluído em quatro ou cinco litros de água.

Não precisamos nos esforçar muito para chegarmos à conclusão de que o impacto deste ato na vida de quem recebe o donativo é quase zero. Talvez este ato fizesse alguma diferença se fosse repetido todos os dias, mas, longe disso, era realizado uma ou, no máximo, duas vezes ao ano. No intervalo deste tempo, aqueles indivíduos, e suas necessidades, caiam no mais profundo esquecimento.

Mas, se já consideramos hipócrita a atitude de tentar beneficiar alguém com algo de tão insignificante importância, pior ainda é o comportamento do casal no seu dia a dia. Para começar, o seu relacionamento com a vizinhança não é dos melhores. Ela, a pastora, pela sua extravagância e “língua afiada”, acabou por promover intrigas e, por isso, cortou relações com quase toda vizinhança. E ele, cuja ambição por dinheiro ultrapassa todos os limites do bom senso, é evitado ao máximo pelos vizinhos.


Mas, o ato que mais me causou ojeriza em relação a eles aconteceu quando, certa manhã, ao ouvir gritos na rua e me dirigir ao portão de casa para ver o que se passava, flagrei a hipocrisia do pastor mostrando a sua cara. Ele gritava enfurecido, enquanto expulsava e espalhava os pertences de um pobre morador de rua, que tivera a infeliz ideia de se instalar debaixo da marquise da sua igreja (melhor dizendo, da garagem transformada em igreja). 


Ver aquele pobre andarilho, recolhendo as suas poucas coisas, humilhado, sem dizer uma só palavra, diante dos olhos faiscantes e insensíveis do pastor – que, vale salientar, possui imóveis distribuídos por quase todo o quarteirão - me fez ver o quão hipócritas podem ser aqueles religiosos que não dão a mínima importância para o que alguns personagens (Jesus Cristo, Buda e São Francisco de Assis, por exemplo), considerados guias religiosos, incentivam fazer – abrir mão de riquezas e ser complacente com os necessitados.


Com este comportamento controverso, a única lição que este casal de pastores nos dá é que o seu ato de distribuir pãozinho com mortadela barata e refresco aguado contribui muito pouco para o bem-estar de alguns, mas a sua hipocrisia contribui, e muito, para o mal-estar de muitos.


sábado, 8 de agosto de 2015

EM POUCAS PALAVRAS

Certo dia, resolvi rever os meus conceitos e economizar nas palavras.
Veja no que deu:

Trabalhei muito e, graças a Deus, consegui tudo que tenho.

Durmo tranquilo, pois, com a graça de Deus, amanhã será um novo dia.

Acredito que quem planta, confiando em Deus, colhe.

Vivo em paz, graças a Deus.

Te aconselho a fazer o mesmo, dê o primeiro passo e, com a a ajuda de Deus, você também chegará lá!

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A SOLIDEZ DA REALIDADE E A FLUIDEZ DA FÉ

Quando nós, ateus, observamos friamente o modo de viver daqueles dos religiosos que têm a bíblia como sua base de fé, chegamos à conclusão que seus pensamentos oscilam entre a realidade e a fantasia.

Diante da impossibilidade de negarem um fato concreto, eles criaram uma forma de encará-los com mais facilidade, sem, no entanto, mudarem a natureza deste fato, ou seja, o fato é real, mas eles o encaram como se não fosse. Isso os faz se senti mais confortáveis, pois, apesar dos pesares, conseguem digerir com certa facilidade a dura realidade da sua existência.

Só para entendermos melhor como isso funciona, vejamos algumas situações em que, por exemplo, um cristão vale-se da fé para encarar um fato real.

Pela fé, o cristão acredita que Jesus é o pão da vida (João 6:48), e que o seu deus não deixa que nada lhe falte (Salmos 23.1). Mas, para que não lhe falte alimento, ele vai constantemente à padaria e ao mercado.

Pela fé, o cristão acredita que Jesus é a luz do mundo (João 8:12). Mas, temendo ficar sem luz, ele paga todos os meses a conta de energia elétrica.

Pela fé, o cristão acredita que Jesus é uma fonte de água (João 8:12), e que o seu deus pode fazer jorrar água de uma pedra (Isaías 48:21; Salmos 114:8; Números 20:8). Mas, para que seu fornecimento de água não seja cortado, ele paga todos os meses a conta d’água.

Pela fé, o cristão também acredita que Jesus é um advogado (João 1:2) e finge acreditar na justiça do seu deus (Mateus 6:33).

Mas, burla o mandamento do ano da remissão (Deuteronômio 15:1,2), e recorre à justiça dos homens, quando alguém lhe deve algo.

Pela fé, o cristão acredita que pode fazer qualquer coisa, até mesmo “coisas impossíveis de serem feitas” (Filipenses 4:13). Mas usa pontes, ao invés de caminhar sobre as águas; sobe e desce morros, ao invés de tirá-los do caminho.

Pela fé, o cristão acredita que pode curar doenças (Lucas 9:1, Mateus 10:1). Mas não hesita em procurar ajuda médica, quando sente um problema de saúde.

Pela fé, o cristão acredita que pode fazer todos os milagres que Jesus teria feito, inclusive, ressuscitar mortos (João 14:12). Mas, infelizmente, dá de cara com a dura realidade diante da perda de um ente querido, e, impotente, não ousa sequer recorrer ao poder que supõe ter. Então, assim como os ateus, dobra-se diante da realidade, e tudo que lhe resta é aceitar o fato e lamentar.

Por fim, a mente humana tem a capacidade de galgar distâncias inimagináveis. Alguns valem-se desta peculiar capacidade para estudar a realidade do mundo à sua volta, enquanto outros, a usam para fugir desta realidade.

A menos que tiremos os obstáculos do caminho, eles permanecerão lá.

sábado, 11 de julho de 2015

FORÇANDO A BARRA.

No mundo antigo e medieval, onde o acesso ao conhecimento era privilégio de poucos, tudo o que os autores bíblicos ensinavam sobre a vida humana e o mundo que nos cerca era considerado literalmente correto.Mas, com o avanço da Ciência Moderna - a qual, por mérito, substituiu a religião como autoridade máxima do ensino - os teólogos e líderes cristãos, estrategicamente, mudaram seus discursos e passaram a afirmar que os textos bíblicos que discordam da Ciência são metáforas, enquanto os que concordam com ela permanecem literais.Se este é o caminho de defesa escolhido pela igreja, então o seu fim é iminente, e sem dúvida será trágico. Pois, neste caso, falta pouco para que a bíblia inteira se torne uma metáfora, e a religião cristã entre para o roll da mitologia universal, tomando o seu verdadeiro lugar ao lado das mitologias grega, suméria e egípcia nos livros de ensino público regular.Em vista disso, sábio é aquele religioso que tem humildade para reconhecer que a bíblia não é - e jamais poderia ser - um livro de cunho científico a fim de defender a sua fé.

Texto extraído e adaptado de www.deuscienciaereligiao.com
Ilustração: Milson

quinta-feira, 9 de julho de 2015

A EFICIÊNCIA DA AÇÃO.

Se você contrair uma gripe e orar, ela sara. E se você não orar, ela também vai sarar.

Se você procura por algo e orar, talvez encontre. E se não orar, talvez também encontre.

Por mais escura e difícil que seja uma noite, se você orar, um novo dia amanhece. E se não orar, ele também vai amanhecer.

Porém, se alguém estiver escorregando à beira de um precipício, por maior que seja a sua fé, não tente juntar as suas mãos para orar ao invés de estendê-las para ajudarpois o resultado certamente será trágico.

sábado, 27 de junho de 2015

A BÍBLIA - CORRENDO ATRÁS DA CIÊNCIA.

Não é de hoje que a igreja tenta passar para seus seguidores a ideia de que a Ciência e a bíblia andam na mais perfeita harmonia. Aliás, mais do que isso, tenta convencê-los de que a Ciência apenas comprova fatos previamente descritos na bíblia.

Para isso, utiliza-se das mais variadas estratégias. Uma delas, geralmente a mais usada, é trocar algumas palavras de um texto, para, com a mudança de significados, ajustar as narrativas bíblicas às novas descobertas da Ciência.

Assim, à medida que o conhecimento humano vai avançando, a igreja vai correndo atrás, tentando, de todas as maneiras, alinhar a bíblia com as novas descobertas da ciência.

Um exemplo conhecido é relacionado à forma da Terra. Enquanto a humanidade não fazia a menor ideia de que habitava um planeta, e tentava entender a estrutura do espaço onde vivia, apelando para a fantasia, por exemplo, supondo que habitava algo sustentado por colunas, a bíblia apoiava isso.

Se a Ciência não tivesse avançado na área da astronomia e, até hoje, acreditássemos na hipótese da Terra ser sustentada por colunas, certamente os líderes religiosos citariam, cheios de orgulho, os versos de Jó 9.6 e 38.4-6.

O que sacode a terra do seu lugar, e as suas colunas estremecem.” Jó 9:6.

"Onde você estava quando lancei os alicerces da terra? Responda-me, se é que você sabe tanto. Quem marcou os limites das suas dimensões? Vai ver que você sabe! E quem estendeu sobre ela a linha de medir? E as suas bases, sobre o que foram postas? E quem colocou sua primeira pedra...?” Jó 38:4-6.

Mas se tivéssemos avançado apenas um pouquinho mais em conhecimento, e julgássemos que a terra fosse um cubo, os religiosos não ficariam para trás, afirmariam que os textos de Jó 9.6 e 38.9-6 são meras alegorias e, neste caso, o discurso seria outro - evidenciariam as palavras de Ezequiel 7.2, Isaías 11.12 e Apocalipse 7.1 – talvez dando uma explicaçãozinha por fora, dizendo que cada face do cubo possui quatro cantos - algo que eles fazem muito bem.

E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor DEUS acerca da terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra.” Ezequiel 7.2

Ele erguerá uma bandeira para as nações a fim de reunir os exilados de Israel; ajuntará o povo disperso de Judá desde os quatro cantos da terra.” Isaías 11:12

E depois destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma.” Apocalipse 7.1.

Entretanto, Como a Ciência moderna prova, sem sombra de dúvidas, que o nosso planeta tem a forma arredondada, os religiosos, evidentemente, tiram o foco dos versos patéticos citados anteriormente, e citam, com alguns arranjos gramaticais, os versos de, por exemplo, Isaías 40.22.

 “É ele o que está sentado sobre a redondeza da terra, cujos habitantes são como gafanhotos; é ele o que estende os céus como uma cortina, e os desenrola como uma tenda para neles habitar.” Isaías 40:22.

Quando eu disse que os textos são citados com alguns arranjos gramaticais, não o fiz por acaso. Sabemos que a bíblia é regularmente revisada e atualizada, e, nestas atualizações alguns ajustes são fetos, por exemplo, a palavra “redondeza” utilizada na versão da Sociedade Bíblia Britânica em português, foi estrategicamente colocada para passar a ideia de que a bíblia já dizia que a Terra era arredondada - pois a forma arredondada da Terra, à época da tradução (1819) já estava mais do que provada. A palavra “redondeza” parece ter sido escolhida a dedo para substituir as palavras “círculo” e “disco”, que em nada lembram uma esfera.

Muitos defensores da bíblia alegam que as palavras utilizadas no idioma original do texto para “círculo” e “disco” também significava esfera – mas, evidentemente, isso é questionado.

Para se tirar todas as dúvidas que pairam sobre a palavra original do texto e, consequentemente, conhecer o seu significado, seria necessária uma análise dos textos originais, porém, infelizmente, eles não existem – o que existe são cópias de cópias.

Mas para chegarmos à conclusão de que a palavra equivalente a círculo, disco ou redondeza, utilizada na bíblia, não se referia à forma da Terra, basta analisarmos o texto com um pouco mais de atenção, utilizando versões diferentes.

Comecemos pela versão Almeida Corrigida Revisada Fiel - “Ele [Deus] é o que está assentado sobre o círculo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos; é ele o que estende os céus como cortina, e os desenrola como tenda, para neles habitar.” Isaías 40:22

Nesta versão, a ideia passada é de um círculo plano, sobre o qual moram os homens, e Deus acomoda-se sobre este círculo, utilizando o céu (como uma lona de circo ou de uma tenda) para se cobrir.

Essa ideia toma forma quando analisamos a versão Católica – “Aquele que domina acima do disco terrestre, cujos habitantes vê como se fossem gafanhotos, aquele que estende os céus como um véu de gaze, e como tenda os desdobra para aí se abrigar,” Isaías 40:22

Ao observarmos bem, percebemos que a palavra “acima” já não mostra Deus assentado diretamente sobre o círculo, mas flutuando, muito afastado dele. E, lá do alto, porém abaixo do céu, Deus observa os homens em uma terra plana, como se fossem gafanhotos.

Agora vejamos a tradução Nova Versão Internacional. – “Ele se assenta no seu trono, acima da cúpula da terra, cujos habitantes são pequenos como gafanhotos. Ele estende os céus como um forro, e os arma como uma tenda para neles habitar.”  Isaías 40:22

Esta é a versão que traduz com mais fidelidade os textos supostamente originais. Veja que nela, Deus não está assentado sobre a Terra, mas sim em um trono lá no alto, observando os homens, bem abaixo dele.

Podemos fazer uma alegoria com a ideia que este texto passa. Seria a de uma grande catedral, cujo teto contém uma grande cúpula (ou abóbada), onde, lá do alto, quase encostado à cúpula, Deus observa as pessoas abaixo, na nave da catedral.

Portanto, derrubando a tese de que Isaías 40.22 mostra o planeta terra como tendo a forma arredondada desmorona, pois vemos claramente que, se o texto se refere a alguma coisa circular, discoide ou esférica, certamente está se referindo à cúpula (os céus), e não ao que está abaixo dela (a Terra).

Outra tentativa desesperada de ligar a Ciência à bíblia tem relação com as partículas subatômicas. Até meados do século XIX, a Ciência não dispunha de métodos para detectar partículas menores que um átomo – que, até então, era considerado a menor partícula de um elemento químico.

Pois bem, a partir do final do século XIX, depois da descoberta dos elétrons, que são muito menores que o átomo, outras partículas foram sendo descobertas pela Ciência. Para não deixar a bíblia defasada em relação à Ciência, alguns [ditos] teólogos trataram de procurar desesperadamente algum texto que (mesmo confuso) causasse a impressão de que a bíblia já fazia alusão às partículas subatômicas havia muito tempo - antes mesmo de o homem tomar conhecimento da existência do átomo. E o único texto que encontraram foi Hebreus 11.3 – “Pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de modo que o que se vê não foi feito do que é visível.”  Mas será mesmo que este texto se refere às partículas subatômicas? Vamos analisar?

Primeiramente, vamos trocar a ordem dos seus termos – isso não altera o sentido do texto.

De modo que o que se vê não foi feito do que é visível, pela fé entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus.”

Pronto, feito isso, basta fazer uma pergunta. De acordo com o texto acima, através de que o universo foi formado? O próprio texto dá a resposta – pela palavra de Deus.

Concluindo, até o fim do século XIX todos os teólogos estavam convencidos e convenciam os seguidores da bíblia de que o universo havia sido formado pela palavra do seu deus – por uma ordem expressa dele. Com o advento de novas tecnologias, que possibilitaram a descoberta de mais e mais partículas subatômicas, o sentido do texto foi, conveniente e desonestamente, mudado.

Resta a quem acredita que a bíblia (com seus textos confusos) está em harmonia com a Ciência (que comprova as suas afirmações), se deixar, ou querer ser enganado.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

UM PÉSSIMO CONSELHO BÍBLICO.


O fato de a bíblia ser considerada um livro que traz paz para a humanidade se dá pela supressão de textos que incitam a violência. Para que sua reputação não seja prejudicada, os líderes religiosos, estrategicamente, omitem estes textos de suas pregações e desestimulam a sua leitura. Até mesmo os tradutores utilizaram-se de palavras desconhecidas do grande público, a fim de dificultar a sua compreensão.

Um exemplo disso, e o texto de Deuteronômio 13:6-10, que, em linguagem simplificada, mostra Deus advertindo o seguinte:

"Se o seu irmão, seu filho, sua filha, sua esposa, seu esposo ou algum dos seus amigos te convidar a adorar qualquer outro deus além de mim, não aceite!
Mas não basta recusar o convite - você precisa matá-lo sem piedade! Você não pode deixá-lo fugir ou se esconder.
E, um detalhe, você precisa ser o primeiro a atacá-lo - depois deve deixar que outras pessoas terminem o serviço.
Ele deve ser apedrejado ate a morte, por ter tentado te convencer a deixar de me adorar."

Um leitor desatento, no afã de simplesmente ler a bíblia, não perceberá a gravidade deste texto. Mas são textos como este que disseminam ódio, intolerância, terrorismo e assassinatos, com requintes de crueldade, por parte de extremistas religiosos.

Portanto, quando alguém lhe disser que a bíblia só traz bons conselhos, é bom "ficar com um pé atrás".

sábado, 6 de junho de 2015

A BÍBLIA E A MACABRA INVASÃO DE ZUMBIS.

Um dos relatos mais absurdos e bizarros da bíblia (que não são poucos) é narrado no capítulo 27 do livro de Mateus. Trata-se de um caso que, de tão macabro, deve causar inveja a qualquer roteirista de filmes de terror.

Acredito que pouquíssimos cristãos conheçam esta história. Pois os pastores, padres e afins procuram evitá-la em suas pregações - talvez para não gerar especulação e, consequentemente, expor a fé dos cristãos ao ridículo.

De acordo com o texto, no momento em que Jesus morreu, houve um tremor de terra e, com isso, algumas sepulturas se abriram. Então, um evento estranho aconteceu. Diz o texto que alguns corpos, que estavam sepultados na região, ganharam vida e invadiram a cidade de Jerusalém. O escritor do texto, talvez com a intenção de dar veracidade à sua narrativa, salienta que muitas pessoas viram estes mortos-vivos vagando pelas ruas da cidade.

O que causa estranheza é o fato de um evento tão extraordinário como este não ter sido documentado por ninguém das nações vizinhas de Israel. Nem mesmo por algum cidadão ou soldado de Roma, que dominava o país na época. Até porque, não é nada normal um monte de zumbis caminhando entre as "pessoas vivas".

Você já se imaginou acordando à noite e, ao olhar pela janela, se deparar com um zumbi?

Apesar de absurdas, todo crente que se preza tem que acreditar em histórias como esta. Mas o pior de tudo é que eles querem, a todo custo, que acreditemos também.

Referência: Mateus 27:50-53

NA REALIDADE O FOGO QUEIMA. VOCÊ DUVIDA?

No Paquistão, país muçulmano e extremamente intolerante em relação às demais crenças, um casal de cristãos foi atacado por uma multidão enfurecida de muçulmanos.

As vítimas (marido e mulher) foram acusadas de blasfêmia por terem, supostamente, profanado uma cópia do Corão, o livro sagrado dos muçulmanos.

Mesmo sem provas nem julgamento, ambos foram espancados e depois jogados vivos no forno de tijolos da olaria onde trabalhavam (A prática de jogar os inimigos em forno ardente é inspirada na bíblia - em II Samuel 12:31, a bíblia mostra que o rei Davi, além de outras atrocidades, costumava fazer isso).

Esse fato me trouxe à mente uma passagem da bíblia, do livro de Daniel, que discorre sobre três homens, Judeus, que foram jogados em uma fornalha em chamas por não se curvarem diante da estátua do rei. De acordo com o texto, a temperatura das chamas era tão alta que consumiu instantaneamente os guardas, encarregados de lançar os condenados à fornalha. Porém, como aqueles homens eram fiéis a Deus, as chamas não lhes causaram dano algum, sequer um fio dos seus cabelos fora queimado.

Esta história é de fato interessante, não acha? Ela empolga milhões de seguidores das religiões derivadas do judaísmo no mundo inteiro.

Mas é lamentável que fatos semelhantes ao narrado nesta história, estranhamente, só aconteçam na bíblia, ou melhor, na ficção.

É evidente que aquele casal não estava tentando a Deus. Ele estava realmente precisando de uma intervenção divina. Os defensores do cristianismo costumam afirmar que, na hora do aperto todos, inclusive os ateus, apelam para Deus. Sendo cristão, certamente aquele casal apelou com toda sua fé para a “ajuda divina”. Mas, como sempre, na vida real e diante de testemunhas de outras crenças, essa ajuda nunca vem - nunca mesmo.

Esse fato nos faz ver a grande incoerência que existe entre o que os cristãos acreditam e o que acontece de fato. Acredito que o simples fato de Deus repetir o feito extraordinário narrado no livro de Daniel, provavelmente resultaria no arrependimento e conversão de alguns daqueles muçulmanos ao cristianismo. E no momento que a bíblia diz, em Lucas 15:7, que “... haverá mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não precisam arrepender-se”, eu não consigo entender o porquê de Deus deixar passar a oportunidade de fazer com que alguns daqueles muçulmanos se arrependessem.

Em vista disso, restam-nos as seguintes perguntas: Se Deus existe, será que ele contraria a bíblia e prefere que o céu seja um lugar triste? Será que Deus não se manifestou porque a crença dos muçulmanos está certa e a dos cristãos errada? Ou será que Deus não se manifestou porque simplesmente não existe?

sexta-feira, 29 de maio de 2015

EDIR MACEDO, O PROFANADOR DO ALTAR.

Quem já prestou atenção nas mãos do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, deve ter percebido que ele possui uma deficiência em ambas as mãos. Ele mesmo afirmou, em uma entrevista ao repórter Roberto Cabrini, que já nasceu com esta deficiência.

Não deveria, mas isso cria uma situação um tanto embaraçosa. De acordo com a bíblia Deus, não faz acepção de pessoas, ou seja, ele não as discrimina. Mas, curiosamente, há algumas exceções, por exemplo: anões, corcundas, cegos, pessoas que tenham narizes chatos ou que tenham deformidades nas mãos ou nos pés. Estranhamente, Deus possui uma certa repulsa por estas pessoas.

Veja o que a bíblia diz em Levíticos 21:16-20.

"Disse ainda o Senhor a Moisés: 'Diga a Arão: Pelas suas gerações, nenhum dos seus descendentes que tenha algum defeito poderá aproximar-se para trazer ofertas ao seu Deus. Nenhum homem que tenha algum defeito poderá aproximar-se (do altar): ninguém que seja cego ou aleijado, que tenha o rosto defeituoso ou o corpo deformado; ninguém que tenha o pé ou a mão defeituosos, ou que seja corcunda ou anão, ou que tenha qualquer defeito na vista, ou que esteja com feridas purulentas ou com fluxo, ou que tenha testículos defeituosos." Levítico 21:16-20.

Portanto, este texto deixa claro que Deus não quer que pessoas portadoras de deficiências físicas se aproximem do altar sagrado. Sendo assim, o bispo Edir Macedo, sendo portador de deficiência nas mãos, não poderia estar à frente dos trabalhos da igreja, não poderia ser bispo e nem ministrar sermões no altar.

Será que ele e seus seguidores não sabem disso?