quarta-feira, 2 de maio de 2012

EU ACREDITO EM MILAGRES... DA CIÊNCIA!


Quem conhece o pianista, e maestro, João Carlos Martins deve reconhecer que a restauração dos movimentos das suas mãos foi um verdadeiro milagre. Mas quando digo milagre, não estou me referindo à palavra com o sentido que os religiosos conhecem. Não faço alusão àqueles casos, em que, diante de uma platéia, líderes religiosos oram e aguardam o tempo de recuperação natural do corpo, ou de um tratamento médico, para, depois, atribuir o milagre ao seu deus. Eu me refiro a um fato, em que, imediatamente após uma ação, se comprova um resultado. 

 

O que aconteceu com o Maestro foi, na verdade, um milagre da Ciência.

 

O maestro João Carlos Martins foi, por diversas vezes, privado de seu contato com o piano, após ter um nervo rompido e perdeu os movimentos da mão direita em um acidente em um jogo de futebol.

 

Submetido a vários tratamentos, recuperou parte dos movimentos da mão, mas com o correr dos anos desenvolveu a doença chamada Contratura de Dupuytren. Novamente teve que parar de tocar, e dessa vez acreditou seria para sempre. Vendeu todos seus pianos e tornou-se treinador de boxe, querendo estar o mais longe possível da sua carreira como músico.

 

Mas sua incontrolável paixão o fez retornar, e realizou grandes concertos, comprou novos instrumentos e tentou utilizar o movimento da sua mão, criando um estilo único de tocar e aproveitar ao máximo a beleza das peças clássicas. Utilizou-se da mão esquerda para suas peças e obteve extremo sucesso com esta atitude. Mas o esforço repetitivo lhe causava fortes dores também na mão esquerda.

 

Algum tempo depois, o realizar um concerto na Bulgária, sofreu um ataque em um assalto, e um golpe na cabeça lhe fez perder parte do movimento das mãos novamente. E ao se esforçar para tocar, sofria dores intensas em suas mãos.

 

João perdeu anos de sua carreira em tratamentos, treinamentos e encontrou novamente uma nova maneira de tocar, utilizando os dedos que podia em cada mão, mas dia a dia podia tocar menos e menos com o estilo e maestria de antigamente.

 

Porém, agora, em 2012, graças a um tratamento, no qual se submeteu a uma cirurgia no cérebro para a implantação de um chip para estimular e, assim, reverter uma distonia muscular, que causa a perda dos movimentos das mãos,  o maestro recuperou os movimento das mãos, e pode voltar a tocar piano.

 

Se existisse um deus que, mesmo diante de milhões de orações de seus fieis, não fizesse nada para impedir que a humanidade fosse privada do brilhante talento deste homem, no mínimo seria digio de repúdio; pois o maestro estava fadado a nunca mais ter o movimento das suas mãos, caso a Ciência não interviesse.

 

Diante disso, posso afirmar que acredito em milagres sim. Mas, pelo menos enquanto não me mostrem evidências de outros, acredito apenas nos milagres da Ciência.

6 comentários:

  1. Mas foi a Ciencia que disse que ele nunca mais teria os movimentos da mão como antes.

    E agora ele recupera os movimentos pela mesma ciencia. E grorias seja dada a Deus, por o homem está usando a ciencia para o beneficio humano.

    Milson, não tente colocar a ciencia contra Deus, pois seria a ultima coisa a ser.

    E aproveitando quero deixar um livro de um cientista e professor de Oxford John Lennox 'Por que a Ciência não consegue enterrar Deus'

    Lembrando que ele derrotou Dawkins no de bate 'Deus Um Delirio http://vimeo.com/9545016

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  2. Oi, Jean!

    Isso é para você vê como a Ciência é dinâmica. Ela se limita apenas pela falta de instrumentos adequados para cada situação. À época em que a Ciência afirmou que o caso do maestro não tinha solução, ela o fêz justamente por isso, a falta de tecnologia adequada.

    Acredite, já houve tempo em que não havia conhecimento sobre a causa da gripe e, em consequência disso, milhões de pessoas morreram.

    Mas a Ciência é honesta, e assume as suas limitações.

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  3. Então aceite que ela não faz milagres, pois se uma cura pode ser feita por meios naturais, então deixa de ser milagre segundo o dicionário português que sem irá atrelar o milagre com o sobrenatural.

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  4. Jean! Você é inteligente, e tenho certeza que está apenas tentado me incitar.

    O sentido maior da palavra milagre é realmente de uma ação sobrantural, porém, além desse, ela tem outros significados.

    O Dicionário Michaellis, por exemplo cita estes: "Coisa admirável pela sua grandeza ou perfeição; maravilha. - Fato que, pela raridade, causa grande admiração."

    Refiro-me à palavra milagre com um destes sentidos.

    A cirurgia do maestro não se deu pelas vias naturais; se deu por uma intervenção cirúrgica, gravada em vídeo e exibida em uma rede de televisão.

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  5. Sabe, estou lendo algumas coisas sobre o significado da Ciencia. E parece que um dos seus significados mais aceitos, é descontrucionismo, e o que é interessante é que ela mesmo se desconstroi com o passar do tempo. Nesse video da para entender um pouco http://www.youtube.com/watch?v=3YMt_4-xHhQ&feature=channel&list=UL

    E o livro do John Lennox 'Por que a ciencia não consegue enterrar Deus' também está ajudando.

    Sendo assim a Ciencia é materialista, ela não tem autoridade nas questões de metafisica. E dessa maneira entendo o porque dos cientistas ateus não quererem acreditar nessas questões metafisicas.

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    1. Jean, não se trata de acreditar ou não em questões metafísicas. Trata-se de crer no que é plausível.

      Ademais, o que mais a Ciência fez, ao longo de toda a história do homem, foi construir. É através do conhecimento adquirido e repassado de geração para geração que podemos desfrutar das maravilhas cietíficas que existem hoje.

      Você mesmo, embora opondo-se, usufrui dos benefícios da Ciência. Imagine o mundo atual sem os sistemas elétricos, sem os recursos da medicina, sem os sistemas de telecomunicação, de tramporte e de saneamento básico! Seria um caos, não acha.

      Tudo isso está aí, à frente do seu nariz. Não querer enxergar é outro assunto.

      Em suma, a humanidade hoje pode muito bem dispensar os deuses, mesmo nunca tendo de fato necessitado deles, mas já não pode abrir mão da ciência.

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