sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Invadindo a praça?


Uma coisa que é comum, sempre que passamos por uma praça, principalmente das grandes cidades, é encontrarmos pregadores, aos gritos, tentando convencer as pessoas a se converterem às suas religiões para se livrarem do inferno.

Toda religião, sem exceção, funciona com o sistema de pirâmide, onde cada membro tem como principal tarefa convencer o maior número de pessoas possível de que a sua religião é a mais correta de todas.

É muito difícil, quando observamos com imparcialidade, não inferirmos que tudo não passa de uma jogada muito bem arquitetada, com o único objetivo de gerar lucros para quem se encontra no topo da pirâmide.

O que difere o sistema religioso de pirâmide dos demais, é que, neste, os membros que compõem a base não são recompensados pelo seu trabalho com algo substancial, mas sim com palavras de incentivo, promessas de vida eterna, esperanças de cura, ou seja, coisas que não passam do campo da abstração.

O que vemos nas praças, na realidade é apenas a ponta de uma grande “iceberg”. O que leva tantos pregadores a saírem “gritando aos quatro ventos”, pelas praças das cidades, faz parte de um trabalho que começa nas igrejas. Os líderes religiosos, principalmente os evangélicos, sabendo que esta prática surte efeito, selecionam e recitam exaustivamente, versículos bíblicos que motivem os seus seguidores a exercê-la.

Mandamentos, como, “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura”, atribuídos a Jesus, são citados repetidamente, numa tentativa pertinaz de tentar fixar na cabeça do seguidor que, se ele não conseguir convencer certo número de pessoas a se converter à sua religião, será a pior das criaturas, além de demonstrar muita falta de fé.

Mas, pergunto, será que o mais convicto cristão acredita que realmente tem fé no seu deus? Pelo menos na prática não demonstram isso. Não vemos, por exemplo, com a mesma empolgação que saem às ruas aqui, no Brasil, cristãos se aventurando a pregar o evangelho em países de maioria muçulmana

Por que os líderes religiosos cristãos, ao invés de fazerem “chover no molhado”, enviando missionários a países onde já existem cristãos de sobra, não os enviam a países onde pouco se sabe a respeito de Jesus?

Querer demostrar fé, saindo para pregar nos países africanos assolados pela fome não vale, pois para encher um templo, basta prometer que vai ter pão após a reunião.

Não se pode medir a fé de ninguém, a única tentativa da fazê-lo está em uma fala atribuída a Jesus, que diz que se alguém tivesse a fé do tamanho de um pequeno grão, faria coisas mais extraordinárias do que as que ele teria feito.

Hoje eu posso dizer que não tenho nenhuma, mas, pelo que se pode ver na prática, ninguém tem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário!